LocoRoco 2

Postado por l. a. Neuhaus 15 maio 2009


A praticidade e a simplicidade do primeiro LocoRoco foram capazes de cativar milhares de usuários do PSP. Com isso, estava claro que a Sony Computer Entertainment iria produzir um segundo game ainda mais atraente. Em LocoRoco 2, há um número reduzido de fases (25), mas o gamer tem muito o que fazer em cada uma delas.

Alguns destaques do game são as opções de movimentação pelo cenário, que levam LocoRoco a se agarrar a pedaços de grama e raízes para se dependurar. O redondo personagem também tem a chance de mergulhar dentro d'água em certas fases. Dessa forma, uma ampla variedade de combinações de movimentos aparece para os fãs.

Uma adição importante é o conjunto de novos minigames. Alguns, como o Mui Mui House, foram reformulados para ainda maior diversão. Novos personagens e novos chefes também incorporam o grupo de novidades que a Sony preparou para este simpático título exclusivo do PlayStation Portable (PSP).


Imaginem um mundo simples, onde o sol brilha e não existe maldade nem ganância. Tendo em conta a realidade dos nossos dias esta visão é algo utópica, mas muitas são as pessoas que gostariam de ter poderes suficientes para a alterar. LocoRoco 2, a sequela de um dos melhores títulos para a PSP, propõem isso mesmo: que nos sejam dados os poderes certos para podermos trazer de volta a alegria ao mundo do jogo.

A história do título gira em torno dos Moja, que estão de regresso do jogo original, prontos para espalharem pelos vários cenários escuridão e cânticos sombrios, que fazem murchar tudo o que se encontra por perto. A aventura vai-se dando a conhecer ao jogador através de vários vídeos introdutórios, que apesar de parecerem filmes mudos, explicam todos os acontecimentos de forma bastante competente.

O jogador, controlando a terra, tem como objectivo eliminar esta força da escuridão, mediante umas criaturas bastante peculiares denominadas de LocoRocos. A forma como o fazemos mantém-se exactamente igual à do título original; ao pressionar L ou R inclinamos a terra, o que faz mover as bolinhas gelatinosas, e se carregarmos L e R ao mesmo tempo fazemos com que a terra dê um pequeno salto, o que é suficiente para podermos guiar os nossos LocoRocos até ao final do nível.

Como o ditado diz e muito bem, a união faz a força, e parece que no mundo dos LocoRocos também é assim. Durante a aventura temos de procurar pelos cenários plantas que tenham frutos vermelhos ou pequenos insectos (semelhantes a abelhas) que também têm o dito fruto. O que isto vai fazer é aumentar o número de bichinhos. Ao contrário do primeiro jogo, onde este aspecto tinha um papel fundamental na história, em LC 2 serve apenas para aceder a algumas áreas restritas a um certo número de LocoRocos.

Algo que mudou completamente é a forma como acedemos a um nível. Antes, ao completar um, ganhávamos acesso ao seguinte e assim sucessivamente. Agora o que temos é o globo terrestre, que giramos com um simples toque nos gatilhos. De referir que cada cenário tem vários níveis, e que estes não são completados todos de seguida, ou seja, tanto podemos estar numa zona gélida como de seguida numa floresta tropical, o que acaba por quebrar uma certa monotonia.

Os gráficos mantêm-se inalterados; os cenários do jogo estão divididos em duas dimensões com um visual simplista bastante colorido. No entanto, foram adicionadas novas personagens secundárias, que dão mais veracidade aos níveis, como os macacos presos às lianas na selva.

Uma das grandes novidades reside no facto dos LocoRocos agora saberem “nadar”. Isto porque em alguns casos teremos de passar por zonas submersas, também elas dotadas de grande detalhe e vida marinha. Para o efeito basta pressionar “círculo” e as pequenas bolas mergulham de imediato. Cabe então a nós, terra, dar-lhes impulso de modo a que percorram o trajecto que desejamos. Além da nova habilidade, também é possível entrar dentro de objectos semelhantes a rochas, que, com o seu poder destrutivo, podem partir estruturas de pedra, permitindo a nossa passagem.

Como não pode ser tudo pêra doce, ao longo da nossa jornada também vamos encontrar criaturas pouco simpáticas. Além dos Moja, que não hesitam em comer os LocoRocos, temos seres que nos mandam machados, ou ainda plantas que nos lançam uma ramificação com o intuito de apanhar uma das bolinhas. Algumas destas criaturas podem ser mortas, mas as perdas vão-se revelar inevitáveis.

Outra das grandes novidades é as secções rítmicas. Em alguns casos, para podermos progredir na aventura, teremos de acompanhar as canções dos LocoRocos com um som semelhante a um tambor. Nestes casos basta pressionar “círculo” na altura apropriada. Apesar de não ser algo inovador no mundo dos videojogos, é uma função bastante divertida.

O título em si não tem uma grande longevidade, mas somos convidados a repetir todos os níveis, pois para acedermos a certas áreas é necessário saber algumas habilidades, que vão sendo ensinadas pelas Mui-Mui ao longo de LR 2. É exemplo disso a aptidão que nos permite saltar de ramo em ramo.

A componente sonora também não difere muito do jogo original, o que é um ponto negativo. No entanto, é sempre bom voltar a recordar as várias músicas e sons do jogo, que lhe conferem um ambiente único.

LocoRoco 2 também se encontra “apetrechado” de mini-jogos por tudo o que é lado, algo bem-vindo e que eleva em muito as horas de jogo. Além destes, pelos cenários existem itens a coleccionar, que nos vão consumir bastantes horas.

Acompanhado de pormenores verdadeiramente divertidos, LocoRoco 2, apesar de não inovar tanto como desejávamos, volta a subir ao trono como melhor jogo de plataformas para a portátil da Sony. E não se deixem enganar pelo aspecto do título. Qualquer um vai ficar rendido aos encantos de LocoRoco 2.

Euro Gamer






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